a educação no primeiro ciclo do ensino fundamental
CARMEN REGINA M. CABRAL*
RESUMO
Este artigo revisa e aborda questões da educação relacionadas às dificuldades encontradas nas escolas publicas e particulares brasileiras, com a implantação dos ciclos nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Aborda impasses que esse nível de ensino vem enfrentando no Brasil em relação a sistemática centralizada de avaliação educacional.
Palavras-chave: Ensino fundamental, Ciclos, Educação pública e particular.
1 INTRODUÇÃO
Avaliava-se ate pouco tempo à qualidade de um sistema educativo com base nos indicadores de acesso e permanência na escola, tais como matrícula, cobertura, repetência, evasão, anos de estudo, etc. A permanência no sistema era considerada sinônima de aquisição de conhecimento e da competência básica.
A modalidade denominada como Ciclos de Aprendizagem tem suas origens na Reforma da Educação Primária Francesa (1989). Essa reforma definiu a organização do tempo escolar em três ciclos levando em conta o crescimento psicológico das crianças:
No Brasil, a questão é complicada porque há dois tipos de sistema: o seriado e o de ciclos, este também conhecido como progressão continuada. No primeiro, existe uma idade teórica adequada a cada série. Ou seja: o currículo é organizado de modo que disciplinas devem ser cumpridas em certo período de tempo - denominado série.
Na progressão continuada, não há repetência ano a ano. Os ciclos substituem as séries tradicionais e o aluno só pode ser reprovado ao fim de duas, três ou quatro séries. No ensino fundamental, há dois ciclos - 1.º a 5.º ano e 6.º ao 9.º - e a reprovação só ocorre ao fim dessas etapas. O sistema está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
A introdução dos ciclos no ensino fundamental dividiu especialista: alguns enxergavam como uma tentativa de mascarar o problema da repetência, já