A Educação no Brasil no período Imperial
Período Imperial
1822 - 1888
Em 1820 o povo português mostra-se descontente com a demora do retorno da Família Real e inicia a Revolução Constitucionalista, na cidade do Porto. Isto apressa a volta de D. João VI a Portugal em 1821. Em sete de setembro de 1822, seu filho D. Pedro I declara a Independência do Brasil e, inspirada na Constituição francesa, de cunho liberal, em 1824 é outorgada a primeira Constituição brasileira. O Art. 179 desta Carta Magna afirmava e garantia a ‘instrução primária e gratuita para todos os cidadãos’.
Em 1823, na tentativa de se suprir a falta de professores institui-se o Método Lancaster, ou método do ensino mútuo, onde um aluno treinado (decurião) ensina um grupo de dez alunos (decúria) sob a rígida vigilância de um inspetor.
Em 1826 um Decreto institui quatro graus de instrução: Pedagogias (escolas primárias), Ginásios (ensino fundamental), Liceus (ensino médio), e Academias (ensino superior). E, em 1827 um projeto de lei propõe a criação de Pedagogias em todas as cidades e vilas, além de prever o exame na seleção de professores, para nomeação. Propunha ainda a abertura de escolas para meninas.
Em 1834 o Ato Adicional à Constituição dispõe que as províncias passariam a ser responsáveis pela administração do ensino primário e secundário. Graças a isso, em 1835, surge a primeira escola Normal do país em Niterói.
Mas o país era muito grande para decisões tão acanhadas, e os resultados gerais são desanimadores. Em 1880, em seu relatório à Câmara, o Ministro Paulino de Souza lamenta o abandono da educação no Brasil. Em 1882 Ruy Barbosa sugere a liberdade do ensino, o ensino laico e a obrigatoriedade de instrução.
Em 1837, onde funcionava o Seminário de São Joaquim, na cidade do Rio de Janeiro, é criado o Colégio Pedro II, com o objetivo de se tornar um modelo pedagógico para o curso secundário. Efetivamente o Colégio Pedro II não conseguiu se organizar até o fim do Império para atingir tal