A educação na idade média
Cátia Regina de Oliveira Schneider
1 INTRODUÇÃO
(...) educação no período medieval (sécs. V a XV), (...) onde esta foi marcada pela tentativa de conciliar a razão e a fé. Com a queda do Império Romano (séc. V), deu-se a formação de inúmeros reinos bárbaros cujo os chefes pouco a pouco foram sendo convertidos ao cristianismo, surgindo assim uma soberana influência da Igreja na educação do mundo ocidental. O predomínio da temática religiosa, da defesa da fé cristã e do trabalho de conversão dos não-cristãos (...) fez com que a cultura greco-romana praticamente desaparecesse (...)
(...) duas tendências fundamentais: a Educação Patrística, que auxilia a exposição racional da doutrina religiosa, e a Escolástica, dominante nas escolas durante o Renascimento carolíngio (...)
2 A EDUCAÇÃO PATRÍSTICA Filosofia contida nos trabalhos dos Padres da Igreja (de onde se originou o nome) inicia-se (...) no século III. A retomada da filosofia platônica fundamenta a necessidade da criação de uma rigorosa ética moral, do controle racional das paixões e a predileção pelo supra-sensível. A patrística auxilia a exposição racional da doutrina religiosa, preocupando-se (...) com a relação entre fé e ciência, com a vida moral, com a natureza de Deus e da alma.
(...) a figura de principal destaque é Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona. (...) Defende uma iluminação pela qual a verdade é infundida no espírito humano por Deus e segue (...) a tradição platônica, que “via sempre o Perfeito por trás de todo imperfeito e a Verdade absoluta por trás de todas as verdades particulares”. (ARANHA; MARTINS, 1986, p.134).
3 A EDUCAÇÃO ESCOLÁSTICA
A especulação filosófico-teológica que se desenvolve do séc. IX até o Renascimento é denominada escolástica assim designada por ter sido dominante nas escolas surgidas durante o Renascimento carolíngio.
O Imperador Carlos Magno (séc. VIII) (...) fundou as escolas monacais,