A educação musical na antiguidade grega e romana e na idade média
Outra visão da música concebida por Pitágoras também existiu na antiguidade grega. Segundo este filósofo e matemático a música seria “um sistema de sons e ritmos regido pelas mesmas leis matemáticas que operam na criação” (FOTENTERRADA, 2008, p. 28).
Essas duas concepções coexistiram na Grécia antiga e orientaram o status que a música tinha na educação e na sociedade da época. Aos cidadãos gregos (pequena elite aristocrática) era reservado o privilégio do ócio digno que permitia frequentar as escolas que, desde o período clássico se caracterizavam pelo ensino das sete artes liberais: três disciplinas humanísticas – gramática, retórica e dialética – e quatro disciplinas científicas – aritmética, música, geometria e astronomia (ARANHA, 1996, p. 54). Destarte, percebe-se da importância dada à música na antiguidade grega como forma de moldar o caráter do homem e como uma ciência.
Devido a falta de materiais históricos sabe-se muito pouco sobre a música da Roma antiga. Sabe-se, entretanto, que a música dos romanos foi fortemente influenciada pela música grega, como em quase todos os campos do conhecimento (GROUT E PALISCA, 2011, p. 33).
A música era muito presente na vida urbana de Roma e o interesse por essa arte era tão intenso que surgiram várias escolas de música e dança onde os filhos dos patriarcas estudavam (FONTERRADA, op. citada, p. 30). No âmbito da educação a música atendia ao ideal da formação enciclopédica e fazia parte dos conhecimentos indispensáveis ao indivíduo culto, “tal como se esperava que tal indivíduo soubesse falar e escrever o grego” (GROUT E PALISCA, 2011,