A educação infantil européia no século XX
O século XX começou com vários passos dados em direção ao estudo científico da criança. O psicólogo francês Alfred Binet defendeu, em 1898, a ideia de “pedagogia experimental” e deu inicio aos testes de avaliação das funções psicológicas, os quais iriam exercer grande influencia nas futuras gerações de educadores.
No período seguinte a Primeira Guerra Mundial, com o aumento do numero de órfãos, as funções de hospitalidade e higiene exercidas pelas instituições que cuidavam da educação infantil se destacaram. Médicos e outros sanitaristas fizeram-se cada vez mais presentes na orientação do atendimento a crianças em instituições fora da família.
Dois médicos interessados pela educação realizaram a sistematização de atividades para crianças pequenas com o uso de materiais especialmente confeccionados. São eles: Ovídio Decroly e Maria Montessori. Decroly defendia um ensino voltado para o intelecto. Propunha que a criança fosse posta diante de um objeto concreto e a partir daí o analisasse e fizesse uma síntese, que deveria expressar por meio de uma obra pessoal. Nos centros de interesse, o trabalho se estruturaria em observação, associação e expressão. Montessori propunha uma pedagogia cientifica da criança. Sua proposta desviava a atenção do comportamento de brincar para o material estruturador próprio da criança: o brinquedo. Montessori criou instrumentos especialmente elaborados para a educação motora e para a educação dos sentidos e da inteligência como, por exemplo, letras móveis para o aprendizado da leitura e contadores para o aprendizado de operações com números.
Destacaram-se na pedagogia e na psicologia, no período seguinte a Primeira Guerra Mundial, as ideias a repeito da infância como fase de valor positivo e de respeito à natureza. Essas ideias impulsionaram um espírito de renovação escolar que culminou com o Movimento das Escolas Novas. Esse movimento se posicionava contra a concepção de que a escola deveria