A educação durante o Estado Novo
Durante os anos 30, mudanças estruturais, sociais e políticas ocorrem em diversas partes do mundo. Observa-se, após a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, uma crise geral da economia mundial, que cria, conforme ressalta George (2008, p.2), um processo de múltiplas falências, um grande número de desempregados e, consequentemente, miserabilidade e fome por parte de grande parte da população.
Devido a esse colapso, de caráter global, vê-se surgir uma descrença no liberalismo econômico, os “partidos, representações, legislativo estavam desgastados enquanto práticas e conceitos capazes de realizar o concerto do mundo” (OLIVEIRA, 1982, p.14). Passa-se a acreditar que a melhor forma de frear os efeitos dessa crise seria centralizar e, controlar o direcionamento da economia, da política e, da sociedade na figura do Estado, através de formas violentas e autoritárias de atuação (GEORGE, 2008). Assim, emergem regimes com um caráter totalitários e, por vezes, considerados ditatoriais, dentre os quais têm-se como exemplos primordiais o nazismo na Alemanha, o franquismo na Espanha e, o fascismo na Itália.
Nesse mesmo período, no Brasil, surge a figura de Getúlio Vargas no cenário nacional brasileiro, com a Revolução de 30. Com uma política que dá fim ao poderio das oligarquias rurais, a chamada República Velha1, inicia-se uma nova fase na política do Brasil. Getúlio governa o país em duas situações diferentes: a primeira vez de forma ininterrupta por quinze anos, indo desde o Governo Provisório até o fim do Estado Novo e, a segunda vez, por um período menor – três anos e meio (1951-1954) –, até cometer o suicídio.
Em 1937, como analisa George (2008), sob a alegação da iminência de supostos golpes que o país sofreria, primeiramente pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), em 1935, liderado por Luís Carlos Prestes e, posteriormente, pela Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado; Vargas, através de um autogolpe instaura