A educação das mulheres da Grécia e Roma antiga
A formação de uma família entre os gregos não começava sempre da mesma forma, havia variações de acordo com a origem das pessoas. Entre os camponeses, por exemplo, era comum que os jovens se conhecessem na lavoura e que, a partir dos contatos estabelecidos no trabalho, viessem a namorar e depois se casar. No caso das moças ricas, provenientes das linhagens nobres, os casamentos eram arranjados de acordo com conveniências. Isso significava que os pais das jovens procuravam casamentos em que famílias de uma mesma origem social e padrão econômico pudessem unir suas fortunas através do matrimônio de seus filhos. Eram feitas oferendas aos deuses (especialmente a Artêmis, a protetora das mulheres) e oferecido um dote ao noivo e a seus familiares. Esse presente de casamento dado pelo pai da noiva consistia em terras, bens de alto valor e, até mesmo, dinheiro. O dia em que o casamento se consolidava marcava a mudança da noiva para seu novo lar, a casa da família de seu marido. Somente no dia seguinte ao casamento é que os parentes e amigos próximos iriam dar presentes em uma visita ao lar do novo casal.
As funções das mulheres gregas estabeleciam que elas deveriam se doar ao máximo a seus maridos e filhos e, dessa forma, abdicar quase que totalmente de seus interesses e vontades. Cuidar do lar, monitorar o crescimento de seus filhos e devotar integral fidelidade ao marido passava a ser a vida de qualquer mulher grega, exceto daquelas que viviam em Esparta.
A cidade de Esparta era aquela que proporcionava as mulheres a maior autonomia entre todas as polis estabelecidas na Grécia Antiga. Isso acontecia em virtude da própria orientação política adotada naquela localidade, onde a hostilidade entre cidadãos e não-cidadãos e a presença maciça de escravos criava a necessidade de manter os cidadãos em constante alerta contra revoltas internas. Como o grupo de espartanos era menor que o de não-cidadãos (escravos e estrangeiros), as crianças e mulheres eram