A Educação aplicada à qualificação profissional: um reflexo sobre a herança fordista.
Autor: Henrique Guilherme Scatolin.
A partir de um breve levantamento sobre o conceito de Gestão de Pessoas, este trabalho enfoca a importância da qualificação profissional para a busca da vantagem competitiva nas empresas. Para Chiavenato “o contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações” (2010, p. 04). Sabemos que as pessoas dependem das organizações para atingir seus objetivos pessoais e individuais. Por outro lado, as organizações também dependem diretamente das pessoas para operar, produzir seus bens e serviços. Assim, sem organizações e sem pessoas não existiria Gestão de Pessoas; já que esta pode ser considerada o conjunto de atividades que busca agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar as pessoas em um contexto organizacional, proporcionando competitividade à mesma.
Para abordarmos a qualificação profissional, é necessário ressaltar que, dentre os processos que englobam a Gestão de Pessoas, tais como o processo de agregar e recompensar os colaboradores, encontramos o desenvolvimento de pessoas. Neste encontramos os processos para capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores. Aqui encontramos o treinamento, o desenvolvimento de pessoas, a gestão do conhecimento, a teoria da aprendizagem organizacional, programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras. Além disso, é neste tipo de processo que encontramos o setor de desenvolvimento, responsável pela qualificação profissional.
Mas por onde começaram as ideias de qualificar os colaboradores? Vamos voltar ao fordismo.
Segundo Moraes Neto (1995), o “ponto de honra” do fordismo com referência ao trabalho vivo (aplicado à produção) era a desqualificação dos seus colaboradores, tanto nos processos de fabricação mecânica quanto na linha de montagem. O taylorismo/fordismo era visto como “uma forma técnica lastreada no trabalho humano,