A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA AGRICULTURA FAMILIAR NAS ESCOLAS
Fani Mamede*
As oportunidades para a agricultura familiar se apresentam como alternativas de desenvolvimento. É preciso pensar as potencialidades do setor, o que a agricultura traz de bom para o Brasil, de forma mais ampla. Sem dúvida, a agricultura familiar se traduz num modelo de desenvolvimento sustentável para o meio rural. Ressaltando que o grande debate do desenvolvimento rural sustentável deve levar em conta os pilares do desenvolvimento sustentável: o econômico, o social e o ambiental, incluindo também o político e o cultural.
A construção de uma proposta política para o campo na perspectiva do desenvolvimento sustentável deve estar alicerçada na educação. As atividades desenvolvidas no meio rural estão intrinsecamente relacionadas ao uso e a conservação dos recursos naturais, ao meio ambiente. A integração dessas questões e o seu tratamento de forma conjunta e articulada com os diversos agentes sociais, culturais, políticos e econômicos, públicos ou privados, existentes no local constituem um projeto estratégico comum rumo ao desenvolvimento rural sustentável. A educação ambiental para a agricultura familiar nas escolas tem papel fundamental e transformador nesse contexto.
O que caracteriza a Agricultura Familiar no Brasil
Inicialmente é preciso entender a diferença entre a agricultura empresarial ou patronal e a agricultura familiar.
No Brasil são desenvolvidos dois tipos de agricultura, apoiados pelo Estado por meio de duas políticas diferenciadas: a agricultura empresarial ou patronal, dos grandes produtores e exportadora e a agricultura familiar. No primeiro caso, a grande maioria dos agricultores não vive na propriedade e as atividades agrícolas dão mostras de uma modernidade mais acentuada, com intensivo uso da tecnologia, subsidiada por instrumentos de políticas públicas e fortemente apoiada em inovações tecnológicas demandantes de capital.
No segundo caso, diferentemente