A Educacao Proibida
A educação está em alta. Recebe muitos investimentos. Ainda assim há todo tipo de escolas e universidades, para pobres, para ricos, públicas e privadas. Todas buscam incluir o maior número possível de pessoas. Mas para que? Qual a sua real finalidade? O que se busca com todo este investimento? E ele obtem sucesso? O fracasso escolar é sintoma individual ou aponta para uma falência do próprio sistema?
As escolas e universidades correm o risco de se tornarem espaços de tédio e monotonia, com um adulto falando para crianças e adolescentes que não se importam com o que está sendo dito, que são ensinados a fazer silencio e decorar palavras. O conhecimento está parcializado pois o olhar é parcial. Para que serve o conhecimento? Para responder a uma prova? Nem todo conhecimento pode ser medido, calculado, observado, reduzido a uma nota. Padronização, estandardização, gabarito. Mas um número na nota corresponde a um ano na vida?
Na escola há ganhadores e perdedores. Reconhece-se os melhores ... e os piores. Não há educação para a paz mas para a competência e a competição, a individualidade, a discriminação, o condicionamento, o consumismo. É mais confortável para todos, principalmente para os professores, fazer o que já sabem fazer ao invés de mudar e tentar começar de novo. E trabalham com a mesma falta de interesse que os alunos estudam.
A escola de hoje, pública, gratuita e obrigatória para todos, é prussiana, remete ao século XVIII. Nem sempre foi assim. Lugar de adestramento e não de criação. Lugar de manutenção do status quo. Busca de um povo dócil e que pudesse ser preparado para as guerras dos estados nacionais em formação. Não espaço de formação de cidadãos mas de súditos dos déspotas esclarecidos como Frederico e Catarina.
A escola prussiana separa as crianças hierarquicamente dos adultos e, o mais grave, separa os alunos por idades e não por interesses ou grau de amadurecimento. Separar os alunos em graus é como produzir industrialmente o