A EDUCA O A SERVI O DO CAPITAL

A EDUCAÇÃO A SERVIÇO DO CAPITAL

1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como tema principal o papel da educação dentro de uma sociedade capitalista tendo como bibliografia básica para norteamento da pesquisa elaborada, o texto ‘Sobre o Futuro dos nossos estabelecimentos de ensino’ de Friedrich Nietzsche (2003). A educação que é ministrada nas escolas e universidades determina e é determinada por um sistema que possui necessidades funcionais, principalmente de mão-de-obra e de mercado consumidor. A escola define papeis, consolida desigualdades sociais e reproduz a ‘cultura’ dominante. Apesar das diferenças temporais e espaciais, muitas idéias desse autor parecem se encaixar perfeitamente na realidade da educação atual. Nietzsche criticava ferozmente às idéias modernas e a educação a serviço do lucro e do estado. A educação, para ele, ignorava a verdadeira reflexão filosófica, construindo uma sociedade passiva e submissa produzindo uma cultura utilitária, quando na verdade a missão pedagógica da escola, seria a de produzir uma ‘cultura superior’ (NIETZSCHE, 2003). Este trabalho irá abordar as principais críticas de Nietzsche à educação voltada para o utilitarismo estatal da instituição escolar que condiciona o pensamento individual às necessidades do sistema econômico, político e social.
Esses pontos cruciais que estagnaram o processo educacional serão tratados ao decorrer do texto abordando principalmente a educação como possuidora de uma funcionalidade que molda o pensamento humano para a reprodução de uma “pseudocultura” que está à serviço do capital e do lucro.

2. A EDUCAÇÃO E A FORMAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA Nietzsche, enquanto professor, fazia críticas às ‘ideias modernas’ condenando principalmente o otimismo vulgar e preconcebido dos modernos e via na cultura e nos valores da modernidade o coroamento da mediocridade e da barbárie. O efeito dessas idéias na esfera educacional era a conservação dos estudantes na ignorância das questões filosóficas ligadas ao sentido da