A Educa O Oficial No Brasil Come A Em 15 De Outubro De 1827
O magistério nem sempre foi uma profissão ligada às mulheres, inicialmente era uma profissão masculina, onde somente os homens estudavam e ensinavam, os alunos eram do sexo masculino e o ensino era exercido principalmente por religiosos (por padres como jesuítas) e por homens que estudavam e eram contratados como tutores pelas pessoas com melhores condições financeiras.
Desde a antiguidade acreditava-se que a mulher deveria ser controlada e submetida à moral dos homens. Para essa moral, ela era posse de um homem, tornando-se um objeto do domínio masculino, aparecendo só como título de objetos ou no máximo como parceiras com a função de educar e vigiar.
Mesmo quando a mulher entra no mercado de trabalho, essa noção está implícita nas atividades que ela exerce. Podemos perceber isso na afirmação de Bruschini e Amado (1988, p. 6):
“De uma forma velada, o controle da sexualidade feminina justificaria, daí por diante, que as mulheres trabalhassem com crianças, num ambiente não exposto aos perigos do mundo e protegidas do contato com estranhos – especialmente os do sexo oposto”.
Assim, é através do magistério, considerado um trabalho feminino, por excelência, que a mulher brasileira pode abrir caminho ao exercício profissional.
A educação no Brasil começa do dia 15 de outubro de 1827, com um decreto imperial de D. Pedro I, que determinava que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. É por causa deste decreto, inclusive, que o Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro, mas a data só foi oficializada em 1963.
Após a independência do Brasil a educação popular se tornou gratuita e pública inclusive para as mulheres. Isso aconteceu a partir da primeira lei de ensino (datada em 1827) que deu direito às mulheres de se instruir (porém com conteúdos diferenciados dos homens) e que admitiu ingresso de meninas na escola primária (BRUSCHINI e AMADO, 1988) as moças se dedicavam a costura, ao bordado