a economia
Quando o brasileiro vai para lá, ele não quer nem saber de artesanato. Ele compra tudo de uma lista completa para uma vida inteira. Mesmo com o dólar mais caro desde o ano passado e o imposto bem elevado para as operações com dinheiro de plástico, o preço de “tudo” internacional ainda vale a pena, garante quem já conferiu.
As mercadorias procuradas pelos brasileiros no exterior são mais baratas por que são boas? Ou são boas por que são mais baratas? Talvez as duas respostas estejam corretas. Isso em economia se chama competitividade. Coisa que o Brasil perdeu bastante nos últimos anos.
As contas externas de um país refletem o ritmo e a intensidade das transações internacionais entre você e o resto do mundo. O ideal é mantermos um certo equilíbrio entre o que sai e o que entra, tanto em mercadorias quanto em investimentos financeiros. É sedutora a ideia de que a economia ganha se a balança pender mais para o positivo. Ela ganha mesmo – até que ela perca.
O Brasil desfrutou do lado positivo durante uma década. Exportamos a rodo, recebemos muito investimento estrangeiro, acumulamos reservas internacionais e nem mesmo a força das importações do mesmo período foi capaz de empurrar o pêndulo para o outro lado. Isso foi acontecer a partir de 2013, quando o país escorregou para o lado negativo da balança, expondo uma fragilidade desconfortante – só ganhamos quando concorremos com produtos da cadeia mais barata do comércio internacional.
O equilíbrio das contas externas só volta depois que os valores de tudo que entra e sai do país esteja ajustado à nova “tabela de preços” – isso para as economias que tem o câmbio