A economia do seculo xxi
Aprendizagem ao longo da vida
«Boas práticas e inserção social»
HORÁCIO MENDES COVITA (*)
INTRODUÇÃO
A aprendizagem ao longo da vida pode considerar-se como um dos pilares básicos da cidadania activa e da empregabilidade, tornando-se urgente aprofundar o conhecimento sobre novos contextos de aprendizagem e proporcionar os dispositivos de aprendizagem adequados aos ritmos e disponibilidades dos cidadãos, reconhecendo que as competências também se adquirem em ambientes não formais. Em concordância com as conclusões do Conselho Europeu de Lisboa (Março de 2000), em que foi confirmada a aposta na aprendizagem ao longo da vida enquanto elemento crítico que «deve acompanhar a transição bem sucedida para uma economia e uma sociedade assentes no conhecimento», novos e profundos desafios se colocam aos sistemas e dispositivos de educação e formação e a toda a sociedade, de forma a garantir aos cidadãos a participação num contínuo de aprendizagem, que proporcione a melhoria permanente de conhecimentos, aptidões e competências.
Neste trabalho discutem-se, por um lado, a importância das iniciativas permanentes de identificação, transferência e apropriação de práticas bem sucedidas pelas equipas de trabalho e organizações, enquanto estratégias facilitadoras da renovação de processos e produtos organizacionais, com consequências na produtividade, na competitividade e na qualidade da inclusão de públicos vulneráveis e, por outro lado, analisam-se os Centros de Recursos em Conhecimento, enquanto dispositivos de apoio aos cidadãos e em particular aos profissionais de formação e às entidades formadoras (incluindo aqueles que estão comprometidos com projectos de inserção social), mobilizados e comprometidos com projectos de desenvolvimento de competências e de aprendizagem ao longo da vida, importando realçar o valor destas abordagens junto dos cidadãos que apresentam vulnerabilidades específicas.
1. A INOVAÇÃO E AS «BOAS