A década perdida
Enquanto que nos anos 1970, o crescimento do PIB brasileiro foi de 7%, nos anos 1980, o PIB médio recuou para 2%. O Brasil teve elevação do déficit público gerada pelo aprofundamento da dívida externa. No fim dos anos 1980, o Brasil vivia sob a hiperinflação.
O país retornaria a crescer em 1984, a partir da recuperação da economia norte-americana, gerando retorno das exportações brasileiras para o mercado americano, principalmente sobre a exportação do aço que , naquele ano, teve um aumento de 40% no primeiro semestre de 1984. Em 1984, o PIB brasileiro teve crescimento de 5,7%, interrompendo as perdas iniciadas em 1981. Apesar da recuperação nos setores industrial e de minério de ferro, em 1984, o Brasil registrou inflação de 235%, em virtude da vulnerabilidade cambial de nossa moeda.
Considerando toda a década , o crescimento do PIB brasileiro foi de 1,7%. Nos anos 1970, durante a crise do petróleo, o combustível sofreu aumento doze vezes, tal cenário se repetiria na década seguinte, quando o aumento da gasolina gerava elevação de preços de todas as mercadorias e serviços e atingia a inflação.
Porém, no quesito político, os anos 80 representaram ganhos como a volta da democracia e das eleições diretas. Também foi a década da elaboração e aprovação da Constituição de 1988. Segundo o ex-deputado federal, Plínio de Arruda Sampaio, considera os anos 1980 da seguinte maneira:
“Sob tais pontos de vista a década de 1980 foi negativa, não apenas por conta da queda do PIB, mas pelo acentuado desarranjo social verificado. Contrastando com isso, houve