A década de 30 no Brasil
O século xx presenciou o aparecimento do povo com um papel mais ativo na história, a história das massas é proporcionada pela sua inclusão nos aspectos estruturais da sociedade. O Brasil vivenciou durante este inicio de século uma tentativa de formar um sistema político democrático coeso. Porém, a república brasileira instaurada em 1889, sob os auspícios do federalismo norte americano esteve longe de conseguir tal objetivo, o que configurou numa democracia oligárquica de lideranças locais e deu suporte para o surgimento de fenômenos como o coronelismo e o mandonismo local por meio da Constituição de 1891. Seu principal mecanismo foi a “política dos governadores”, que teve como base o seguinte acordo: o governo federal garantia ampla autonomia aos grupos oligárquicos dominantes de cada estado, e em troca as bancadas estaduais lhe davam apoio político no Congresso. Esse acordo gerou o enfraquecimento das oposições, a fraude eleitoral e a exclusão da maior parte da população de qualquer participação política.
O controle político oligárquico também era assegurado pelo voto aberto e pelo reconhecimento dos candidatos eleitos não pelo Poder Judiciário, mas pelo próprio Poder Legislativo. O Congresso sofria a influência do presidente e dos governadores e esse mecanismo deu margem à chamada degola dos candidatos indesejáveis.
A “política dos governadores”, não impediu a luta dos grupos oligárquicos pela presidência da República. Para regular a disputa, chegou-se a um novo acordo informal: o revezamento de São Paulo e Minas Gerais na chefia do Poder Executivo. Esses dois estados elegeram 8 dos 13 presidentes na Primeira República.
Os estados de menor força política ficaram praticamente à margem nesse jogo de cartas marcadas. Já estados de importância mediana, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, buscaram ocupar espaços em que atuaram individualmente ou em conjunto. Nas eleições de 1922, esses estados se