A doutrina da perseverança dos santos
A rejeição da doutrina da perseverança final ou dos santos tende a fixar a esperança de salvação sobre o esforço humano, e não no propósito e na graça de Deus se no método divino da salvação, nenhuma provisão tivesse sido feita para garantir a segurança e a sua preservação na santidade, a salvação ficaria dependente dos próprios esforços, e os regenerados teriam de confiar na sua própria capacidade de alcançar sucesso. Se o esforço humano for suplementado pela graça, tudo o que Deus já tem realizado não será suficiente para conduzir os regenerados à glória. Nesse caso, toda a nossa esperança estaria posta sobre o esforço humano, como se a salvação dependesse dele. Portanto, a negação da doutrina faz com que o coração se afaste da confiança singela em Deus, o que por sua vez, tende a produzir apostasia. Se a doutrina da perseverança final é verdadeira, o crente pode ter a certeza de que a sua oração será ouvida. Se a graça para perseverar é um dom de Deus, temos aqui um motivo para oração, e a doutrina que nos ensina a chegar confiadamente ao trono da Graça, a fim de obter misericórdia e graça para socorro em tempo de necessidade, é a que melhor se harmoniza com o método divino da salvação.
RESUMO
Se compreendida corretamente, esta doutrina oferece conforto, mas não se deve abusar dela ou interpretá-la mal. As escrituras ensinam todos aqueles que, mediante a fé, são unidos a Cristo, que foram justificados pela graça de Deus e regenerados por seu espírito, jamais cairão total ou finalmente do estado de graça, mas certamente nele perseverarão até o final. Isto não significa que todo aquele que manifestar certo Deus na obra cristã está necessariamente salvo para todo o sempre. A doutrina da segurança eterna só é aplicável àqueles que tiveram uma experiência vital de salvação. A respeito desses, afirma que jamais “cairão total nem finalmente do estado de graça”. Isto não equivale a dizer que jamais escorregarão, simplesmente significa que eles