A doença de Chagas

Em 1909, Carlos Chagas, pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, descobriu uma doença infecciosa que afetava operários do interior de Minas Gerais. Causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, é conhecida como doença de Chagas, em homenagem ao pesquisador. O mal de Chagas, é transmitido, principalmente, por um inseto da Subfamília Triatominae, conhecido por barbeiro. Este animal se alimenta do sangue de animais vertebrados. Vive em frestas de casas de pau a pique, camas, colchões, depósitos, ninhos de aves, troncos de árvores, dentre outros locais, sendo que tem preferência por locais próximos à sua fonte de alimento, a noite.
Quando suga o sangue do animal com a doença, o inseto passa a carregar o protozoário. Assim que se alimenta de uma pessoa saudável, pode transmitir a ela o parasita.
Isto acontece pois o barbeiro defeca após sua "refeição", e como há o costume de coçar o local da picada, permite que o parasita penetre na pele, vivendo, inicialmente no sangue, depois nas fibras mulsculares, principalmente na região do esôfago, intestino e coração.
Transfusão de sangue contaminado e transmissão de mãe para filho pela gravidez e ingerir caldo de cana ou açaí moído que contém acidentalmente o inseto também podem fazer contrair a doença.
Após, geralmente 20 dias depois de sua primeira cópula, a fêmea libera envolta de 200 ovos, que sofrerão em torno de cinco mudas até virarem adultos e formarem novas colônias.

Febre, mal-estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e aumento do fígado e baço são alguns sintomas que podem aparecer inicialmente (fase aguda), embora existam casos em que a doença se apresenta de forma assintomática (se um paciente é portador de uma doença ou infecção, mas não exibe sintomas.)
O mal de Chagas pode destruir a musculatura dos órgãos atingidos, provocando seu aumento de forma irreversível.
O controle populacional do barbeiro é a melhor forma de prevenir a doença de Chagas.