A distinção entre esquerda e direita.
Roberto Williams
Resenha:Direita e Esquerda
Noberto Bobbio
Neste livro Bobbio começa mostrando que a divisão tradicional entre “Direita” e “Esquerda” que há mais de dois séculos tem sido usados para designar o contraste entre as ideologias e entre os movimentos em que se divide o universo e destaca também que por serem
antitéticos,
ele
são,
reciprocamente
excludentes. Além de serem exaustivos, ou seja, ao menos na acepção mais forte, um movimemento só pode ser de direita ou de esquerda.
A contra posição entre Direita e Esquerda representa um típico modelo de pensar por díades, a respeito do qual já
foram
apresentadas
as
mais
diversas
explicações. Há dois tipos básicos de díades, num os termos são antitéticos, nascidas de um universo entendido como composto por entes divergentes, e no outro complementares o universo é interpretado com composto de entes convergentes, que tendem a se juntarem
e
formarem
juntos
uma
unidade
superior.
Bobbio faz reflexões sobre a constaração de que a distinção entre Direita e Esquerda, que perpetuou por mais de dois séculos o universo político em duas
partes opostas, não tem mais razões para existir.
Para Sartre “Direita e Esquerda são duas caixa vazias” Que, por isso, não teriam mais nenhum valor heurístico ou clasificatório, e menos ainda avaliativo.
Existem diversas razões para o aparecimento das dúvidas sobre a ausência da distinção, ou ao menos sobre a sua menor força representativa, podem se facilmente elencar infinitos exemplos, a crise das ideologias seria um deles, facilmente contestado com argumento de que não deixaram de existir e sim que as ideologias do passado foram repensadas e estão mais vivas do que nunca, e já foi comprovado que as crises ideológicas são extremamente salutares para o amadurecimento ideológico, segundo Bobbio: “não há nada mais ideológico do que a afirmação de que