A Disciplina Homem E Sociedade Baseia
Em nossa convivência com outros, podemos perceber como os objetivos pessoais ou dos grupos aos quais pertencemos se chocam o tempo todo com limites, conflitos ou falta de compreensão. Compreender a cultura leva a uma nova postura que permite perceber nossa vida em sociedade como uma fonte inesgotável de estabelecimento de regras e padrões, e suas constantes mudanças. A isso chamamos diversidade.
Essa ciência nos mostra o quanto somos produto de nosso meio, mas não somos determinados por ele. Assim, ao tomar consciência sobre essa influência, abre‑se possibilidade de refletir sobre como agirmos, nos tornando responsáveis por construir em nossas relações sociais novos valores. uma vez que o comportamento humano, diferentemente de outras espécies que vivem coletivamente, foi orientado pela cultura ao invés do instinto.
Todas as capacidades que decorrem da inteligência dependem de nosso convívio coletivo e das necessidades ou exigências impostas por esse modelo de vida.
Se o ser humano não tivesse desenvolvido a vida em sociedade baseada em uma cultura, provavelmente nossas capacidades de inteligência sequer seriam exploradas.
Antropologicamente, a cultura foi definida pela primeira vez no século XIX (1871), por Edward Tylor, como “um conjunto complexo que inclui os conhecimentos, as crenças, a arte, a lei, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade”. É importante ressaltar, nessa definição já antiga de Tylor, que a caracterização da cultura é o resultado de processos de aprendizagem.
O processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade, designado pelo nome de socialização, não tem fim e pode dividir‑se em socialização primária e socialização secundária.