A Diretrizes Implementa O Produ O Enxuta
Dezembro de 2005, UFRGS, Porto Alegre, RS
Diretrizes para estruturação de um método para avaliação do nível de implantação da produção enxuta
Tarcisio Abreu Saurin (PPGEP/UFRGS)
Maria da Graça Saraiva Nogueira (PPGEP/UFRGS)
Cléber Fabrício Ferreira (PPGEP/UFRGS)
Resumo
A produção enxuta (PE) vem sendo crescentemente aplicada em diferentes setores, além do automotivo, com o objetivo de transferir aspectos positivos obtidos por esse sistema para outros ambientes de produção. Contudo, na prática muitas empresas que têm aplicado princípios e práticas da PE normalmente o fazem como uma simples cópia do sistema japonês, desconsiderando sua complexidade e aspecto sistêmico. Esse problema pode ocorrer mesmo naquelas empresas que adotam os princípios e práticas da PE por esta ser uma estratégia corporativa. Entretanto, pouca atenção tem sido dispensada à investigação em profundidade da extensão dessa dificuldade e de suas causas. Em parte, isso se deve a falta de métodos consistentes que permitam avaliar o nível de implementação de princípios e práticas enxutas em uma determinada empresa. Visando a contribuir para o suprimento desta lacuna, este artigo propõe diretrizes iniciais para a estruturação de um método desta natureza. Tais diretrizes consistem basicamente da definição de indicadores de desempenho com visão enxuta, da aplicação de um check-list para verificar a existência das práticas enxutas e da realização de entrevistas com trabalhadores e gerentes.
Palavras Chave: Produção Enxuta, medição de desempenho, sistemas produtivos.
1 Introdução
O termo produção enxuta (PE) foi cunhado pelos pesquisadores Womack, Jones e Roos (1992) do Massachusetts
Institute of Tecnhology (MIT), ao descreverem o Sistema Toyota de Produção (STP) como um novo sistema de organização industrial que tinha como meta a eliminação de qualquer perda do sistema de produção, possibilitando produtos e serviços de alta qualidade, ao menor custo