A Din mica do sistema feudal
A Dinâmica do sistema feudal.
1. "Fragmentação política, fixação espacial, encelulamento: tantos temos que segundo a historiografia herdada do Iluminismo e do século XIX, deviam ser associados a uma situação de desordem, de regressão, ou, ao menos, de estagnação... A descrição dessa tendência deve, ainda, integrar dois elementos tidos, por muito tempo, como contrário à lógica do sistema feudal, mas que como se quer salientar aqui, dizem respeito plenamente à sua dinâmica: a cidade e o poder monárquico."
O desenvolvimento comercial e urbano.
1. O então denominado dinamismo dos senhores implica por volta do fim do século XI e acima de tudo no século XIII, um aumento das trocas locais.
2. Os camponeses vendem grãos, gado, ovos, aves e diversos produtos de um artesanato rural emergente, tais como a cerâmica, trabalhos em fibra, fios e modestas peças têxteis, ao mesmo tempo que trazem da cidade ferramentas, cera, peixes salgados ou cerveja, entre outros produtos.
3. A consolidação da urbanização na Idade Média Central pode ser associado ao desenvolvimento das atividades artesanais e comercias.
4. Além do crescimento de cidades antigas, numerosas cidades novas são criadas, tanto no Sul da França e nos reinos hispânicos como na Alemanha.
O mundo das cidades.
1. O desenvolvimento das cidades dá lugar a um fenômeno sobre o qual a historiografia herdada do século XIX gostou de insistir: a formação das comunas, muitas vezes apresentadas como resultado da luta triunfante da burguesia em sua aspiração revolucionaria por liberdade, rompendo com uma ordem aristocrática e feudal que tendia à imobilidade.
2. Assim como em relação à anacrônica noção de liberdade, deve-se duvidar da suposta "democracia" dos governos urbanos.
3. O governo urbano passa para as mãos dos principais mercadores e dos mestres de ofício, que foram o que se chama na Itália de popolo grosso.
4. A partir do século XII, a cidade começa a ser encara incontestavelmente como um mundo