A diferença Interna do Campesinato
Centro de Ciências Humanas
Departamento de Sociologia e Antropologia
Curso de Ciências Sociais
Disciplina Questões Rurais
Juvenal F. Bogea Junior
PAULA ANDRADE, Maristela de. A diferença interna do campesinato e A penetração dos projetos agropecuários na Região de Balsas. In: Os gaúchos descobrem o Brasil: projetos agropecuários contra a agricultura camponesa. São Luis: Ed. Edufma, pag 77 a 124, 2008.
Resenha
A autora vai tentar estabelecer uma classificação das varias categorias de trabalhadores rurais, porém sem buscar no campesinato estratos superiores. Citando Alavi (1969) a autora vai explicar que esse tipo de classificação entre camponeses ricos, médios e pobres pode levar a perder de vista as relações sociais em jogo. Ainda sobre essa classificação, usa Palmeira (1977) ao falar da participação política do campesinato, diz que essa distinção entre camponeses ricos , médios e pobres se remete a um contexto histórico especifico, a saber, o da Rússia czarista e que tomado no caso do Brasil representaria pouco mais que uma categorização estética.
O objetivo, portanto, dos estudos das varias categorias de trabalhadores rurais é compreender de que modo e em que medida as transformações econômicas e sociais na região estudada atinge cada uma delas. A classificação usada para entender os meios de produção experimentados por cada categoria será a de proprietários, agregados, moradores de terra da Nação e vaqueiros.
A autora vai separar os trabalhadores dessa região em dois grandes grupos, de um lado estão os que têm acesso a terra e aos meios de produção garantidos pelo título de proprietários da terra ou exercício da posse, do outro lado, estão os cujo acesso aos meios de produção só é possível mediante uma subordinação a outros grupos sociais.
Os proprietários são aqueles que detêm o título de propriedade da terra. Autodenominam-se “proprietários” fazendo assim uma distinção em relação aos demais trabalhadores não