A diferenciação entre sentimento, comportamento e cultura
Surgindo como um contra-ponto ao Evolucionismo, tão difundido no mundo ocidental ao considerar que sociedades seguem uma linha de evolução em comum, e as diferenças existentes entre elas se dão pelo fato de que algumas estão à frente de outras nesse processo - ou seja, eventualmente no decorrer do processo histórico, os povos mais "atrasados" se desenvolveriam ao ponto de chegar onde os mais evoluídos se encontram -, os funcionalistas passaram a estudar os fatos culturais de cada grupo relacionados às próprias instituições dos mesmos. Tais instituições, no pensamento dessa nova corrente, tem cada uma sua própria função social dentro de um todo cultural, intimamente interligado, e terminam por influenciar umas às outras. Dessa forma, diferentes povos não mais estavam sendo estudados sob a ótica de um mesmo processo evolutivo geral, mas sim como um universo cultural encerrado em si mesmo, sem levar em consideração outras culturas encontradas em outros grupos.
Instituições como laços sanguíneos e religião, por exemplo, seriam parte de um todo muito mais abrangente, que cobre todos os aspectos da vida de um grupo. O indivíduo membro de uma sociedade qualquer está inserido em um contexto cultural específico dessa sua sociedade, que por sua vez abrange todas as instituições nela presente. Essas, surgem com o intuito inicial de permitir, no pensamento da corrente antropológica liderada por autores como Manilowski, que as necessidades biofísicas dos seres humanos fossem satisfeitas; porém, se desenvolvem diferentemente em cada sociedade, o que provoca a existência de únicas e independentes culturas. A economia, o controle social, a educação e a organização política surgem aqui como necessidades instrumentais de cada cultura,