A dieta do palhaço
Organizado por Luiz Carlos kanigoski [1]
Desenvolveu-se a partir do início do século XX, no período de 1920 a 1930. No contexto, o Paraná mostrava indícios da sua modernização, configurando as transformações pretendidas pelas elites ao longo do século XIX. A forma de governo republicana foi institucionalizada no Brasil e apresentava-se como modelo de progresso e modernização do país. Assim, para superar a Monarquia, foi preciso lançar as bases de uma identidade impregnada pela imagem de progresso, ciência e técnica, inserindo-o no capitalismo. Com a República, era necessário desenvolver no imaginário individual e coletivo imagens de heróis, datas comemorativas baseadas no sentimento de fraternidade universal e festas públicas para que a população reverenciasse os mitos republicanos. É nesse período de desenvolvimento da forma de governo republicana que o Movimento Paranista torna-se expressivo, considerando a descentralização proporcionada às Províncias/Estados O Movimento Paranista tem como papel central a construção de uma identidade regional para o Estado do Paraná. Movimento contou com participação de intelectuais, artistas e literatos que cultuaram e divulgaram a história e as tradições da terra paranaense. Foi um movimento que não teve a consistência de um manifesto, de uma escola ou de uma estruturação teórica ou acadêmica. Foi principalmente através das artes plásticas que se procurou construir uma identidade regional do Paraná, para criar na população local um sentimento de pertencimento à terra. A fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, em 1900, não dissociou as políticas nacionais e nacionalistas, inserindo-se no projeto de forjar uma história regional aglutinando todas as etnias presentes no Estado. O Instituto, de certa forma, foi uma das bases do Movimento Paranista. O termo surgiu espontaneamente no norte do Paraná e seu principal líder era Romário Martins. O primeiro símbolo paranaense foi a