A dialetica do trabalho
O desenvolvimento do cérebro e dos sentidos a seu serviço, a crescente clareza de consciência, a capacidade de abstração e de discernimento cada vez maiores, reagiram por sua vez sobre o trabalho e a palavra, estimulando mais e mais o seu desenvolvimento.
O homem, que havia aprendido a comer tudo o que era comestível, aprendeu também, da mesma maneira, a viver em qualquer clima. Estendeu-se por toda a superfície habitável da terra, sendo o único anima capaz de fazê-lo por iniciativa própria.
O trabalho mesmo se diversificava e aperfeiçoava de geração em geração, estendendo-se cada vez a novas atividades.
Nada ocorre na natureza em forma isolada. Cada fenômeno afeta outro, e é por seu turno influenciado por este; e é geral o esquecimento desse movimento e dessa interação universal o que impede a nossos naturalistas perceber com clareza as coisas simples.
O que podem fazer os animais é utilizar a natureza e modificá-la pelo mero fato de sua presença nela.O homem. ao contrario, modifica a natureza e a obriga a servir-lhe, domina-a.E ai esta, em ultima analise, a diferença essencial entre o homem e os demais animais, diferença que, mais uma vez, resulta do trabalho.
Aprendemos cada dia a compreender melhor as leis da natureza. Contudo para levar a termo esse controle é necessário algo mais do que o simples conhecimento, é necessária uma revolução que transforme por completo o modo de produção existente até hoje e, com ele, a ordem social vigente.
A ciência social da burguesia, a economia política clássica, ao se ocupa preferentemente daquelas conseqüências sociais que constituem o objetivo imediato doas atos realizados pelos homens na produção e na troca, corresponde ao regime social cuja expressão teórica é essa ciência, portanto os capitalistas isolados produzem ou trocam com o único fim de obter lucros imediatos.
Com o atual modo de produção, e no que se refere tanto as conseqüências naturais