A devassa da devassa, Kenneth R. Maxwell
Para chegar à conclusão do processo de expansão tanto populacional, aurífero e até mesmo agrícola e pecuário, o autor inicia o texto traçando o percurso que os viajantes faziam para chegarem a Vila Rica. A cidade é considerada progressista pelo autor, principalmente pelo fato de ser construída próxima a minas de extração do ouro, e por esse motivo deve perder a visão de ser um simples acampamento mineiro, tendo suas próprias construções como casarões, igrejas barrocas e praças. Porém, a cidades mineiras sofriam com um grande problema, o difícil acesso ao Atlântico, por não estar localizada no litoral, que tinha por única alternativa e estratégia a saída através de uma estrada até o Rio de Janeiro.
Outro fator importante é em questão a população de Minas Gerais que totalizava 300 mil habitantes, sem contar índios, formando 20% da população da América Portuguesa; dentro destes dados 50% da população eram negra, africanos ou por escravos brasileiros de pura herança africana, sendo outros 50% formado por brancos e mulatos. Com o declínio da produção aurífera a população migra do norte de Minas Gerais para o sul, isso porque no sul tem a ascensão e instalação de engenhos, com atividades agrícolas e atividades pecuárias. Assim, Vila Rica sofria um declínio e Rio das Mortes tem um aumento populacional.
A instalação de engenhos causou certo desagrado do governador local, que proibiu esta atividade para que a atenção continuasse voltada para a busca de ouro, principalmente na comarca de Vila Rica. Uma forma de escapar dessa lei foi combinar o engenho com a mina, numa mesma fazenda.
A produção agrícola e pecuária tiveram grandes êxitos que com o passar da produção sustentava o comércio interno e de capitanias vizinhas; e ainda mais, suportavam uma comparação favorável com produtos importados, entretanto continuavam encontrando precariedade nas estradas, enquanto a receita continuava em alta. Com o crescimento da produção houve