A despersonalização do ser humano
O texto em estudo tem como foco principal a deterioração do homem no contexto de sua existência, entendida pelo autor como patologia social. Para aprofundar-se a esse assunto, ele evidencia o homem como ser social, e lembra portanto que a história brasileira é como qualquer outra, uma história construida em conjunto. Fazendo análise mais crítica e reflexiva dessa história, o texto vê como causa da alienação e despersonalização do seu povo o conflito entre as condições reais e as ideais de sua existência. Ainda em se tratando do homem como ser político, o projeto humano é visto pelo autor como iniciativa comunitária, uma forma do ser humano existir autenticamente, mas sempre dependente da presença atuante do outro. E embora a convivência em grupo seja impressindível à sua sobrevivência, o social não se identifica necessariamente com a massificação e portanto não pode ser tratato como causa para a alienação humana. A perda da essencialidade brasileira não é, portanto, algo de identidade do indivíduo, mas sim de toda a comunidade nacional. Isso se deve não só à falta de elaboração da cultura brasileira, mas essencialmente da imposição heteronômica de países centrais ao nosso. Isso implica no distanciamento cada vez maior de um projeto autenticamente nacional. Indo mais a fundo, a prática da existencia de projetos metropolitanos em detrimento a um especificamente nacional, e a maior importância dada para econômia ao invés de movimentos culturais, são características marcantes da sociedade brasileira, sociedade esta movida pelo consumo, para a qual o "ter" tem mais relevância do que o "ser". Tudo se transforma em objeto de transação a medida em que o homem perde a sua essencialidade e é escravizado pelo modelo de produção e consumo. As consequências da hipertrofia do econômico acaba por atingir diversos setores brasileiros, dentre eles a cultura, política e o mais precioso, a educação. Seja ela sistemática ou não, tem