A descriminalização da maconha no Brasil enquanto objeto social
A discussão sobre a descriminalização das drogas é um assunto tema de muitos debates em redes sociais, rodas de amigos, jornais, revistas, novelas, filmes, livros nacionais e internacionais, ora por manifestação social, ora como manifestação política. Grandes cidades do mundo, incluindo as brasileiras demonstram que o assunto é de um interesse público e é preciso consenso e respeito.
A proibição não resultou no fim do consumo, mas resultou em um conflito de segurança pública; produtores, negociantes, usuários e comerciantes passaram a serem consideradas pessoas criminosas.
Os proibicionistas apostaram que, ao juntar as leis punitivas com a repressão policial, seria possível eliminar os hábitos relacionados a drogas, mas não conseguiram, pelo contrário, desta forma abriu um campo de ilegalidade que apenas cresceu nas décadas de vigência da proibição. Com isso, inúmeras pessoas, com seus hábitos e negócios, tornaram-se criminosas. O mercado de drogas não foi eliminado por decreto nem por repressão. Assim, o que financia o tráfico de drogas não é o usuário, mas a proibição.
A descriminalização ou a legalização da maconha, ou de qualquer outra droga leve, não irá considerar crime o fato de uma pessoa estar utilizando a droga leve, e envolve inúmeros fatores contidos na saúde pública, na segurança pública, na educação, ordem social e liberdades individuais.
“Coercitividade - característica relacionada com a força dos padrões culturais do grupo que os indivíduos integram. Estes padrões culturais são fortes de tal maneira que obrigam os indivíduos a cumpri-los.”
Durante a passagem do século XIX para o século XX, a maconha e outras drogas passaram a ser um alvo de puritanos, que se dedicavam a fazerem cruzadas pela proibição. As drogas foram associadas com determinados grupos sociais e minorias, considerados perigosos pela população branca e protestante, já que as campanhas contra essas determinadas drogas foram