A descrença no sistema de preços
A descrença no sistema de preços é o tema do artigo escrito por Maílson da Nóbrega (Veja, 19 de março, 2014), que fala sobre o papel do preço na escassez. Ele diz que o sistema de preços é um elemento fundamental para a prosperidade das nações e que o papel do preço é emitir sinais para a produção e consumo de bens e serviços. Ele cita que as ideias dos autores Adam Smith com o livro A Riqueza das Nações, e São Tomás de Aquino que condenava os juros e a cobrança de preços altos, atrapalharam o surgimento de um sistema financeiro da economia de mercado. Mas com o tempo foi visto que os preços administravam a escassez. Em algumas situações o sistema de preços não funciona e os monopólios e oligopólios podem dominar o mercado e ditar preços, em dano ao consumidor.
O livre sistema de preços demorou a se fixar nos países ibéricos e seus herdeiros da América Latina, devido aos monopólios e oligopólios que controlavam os preços. A América Latina se livrou da alta inflação no ano de 1990, no Brasil o Plano Real se beneficiou da abertura do capital aumentando a eficiência da economia, até por mais competição. Quando o Brasil passou a viver o funcionamento de preço as melhorias na alocação dos recursos aumentaram o potencial de crescimento e fez com que a economia ficasse mais atrativa para o capital privado nacional e estrangeiro.
O sistema de preço não foi muito aceito como se imaginava e o governo por não entender muito bem o papel dos preços na escassez, interveio absurdamente na energia e no combustível. Antes o mercado de automóveis aumentou a demanda de combustíveis, e o poder de compra da classe media elevou a demanda de energia. Para Maílson o governo deveria usar a política fiscal e monetária para regular os dois surtos, mas o governo aumentou os gastos e impôs a queda na taxa de juros. Alem disso baixou as tarifas de energia e passou a controlar os preços da gasolina e do diesel.Devido a tais intervenções se colhem mais