a descoberta do olá
Mas, aprendi que não se trata uma ferida sem dor, quer eu queira ou não terei de sentir na pele (ou no coração) todo o tratamento. Se a ferida está no nível indolor é porque algo já morreu então, de certa forma, a mesma dor traz certo conforto; além do mais, se é possível sentir é porque ainda vive.
Talvez o que eu queira então é adiantar o processo, mas certa feita ouvir alguém dizer que os tratamentos mais demorados são os que mais necessitam de atenção e cuidados, então continuarei com a devida atenção, cuidando pouco a pouco, sem pressa. Apenas esperando o resultado final.
Mas mesmo depois de tudo isso, restará as cicatrizes. O que farei com elas? Olhando meu corpo, vejo algumas marcas espalhadas e cada uma conta uma história, algumas hoje engraçadas, outras ainda não consigo rir delas, mas em cada lugar só há UMA marca. Sabe aquela máxima que diz “um raio não cai no mesmo lugar duas vezes”? Isso se encaixa perfeitamente com as cicatrizes, só há uma em cada tempo e cada lugar, pois elas são as provas de que não é necessário errar duas vezes para aprender.
Porque quando chega a hora você sabe que ela chegou. E realmente chegou: a hora de sentir o abraço, de ver de perto o sorriso, de ouvir a voz embargando mas ao mesmo tempo gritando: “Eu te amo”. Não é preciso maiores análises, quando a gente ama o diagnóstico é