A descoberta da Alteridade
Os primeiros habitantes da América encontrados pelos colonizadores nos séculos XVl e XVll foram tratados como selvagens, considerados como um intermediário entre o humano e o animal.
Com isso foram geradas duas ideologias para a definição do estado desses selvagens, sendo considerado como um bom selvagem, aquele que é puro, o ser distante, que vive em contato com a natureza e não foram contaminados com os males da civilização, a natureza em si é considerada como uma fonte de energia de bons fluídos. E o mau seria os que estavam próximos à civilização, a qual tiraria a ingenuidade, os bons fluidos e os corrompiam.
A segunda ideologia considerava o mau selvagem aquele que não tem cultura, leis, religião, estado, moral e só seria bom se estivesse em contato com esses padrões estipulados pela civilização e possuir esses qualidades.
De acordo com a primeira ideologia o ser bom ou ser um refere-se a proximidade da natureza; e suas culturas, tradições não foram analisadas, o estar perto da natureza o qualifica como ter bons fluidos, não sendo necessário ter leis, moral, já que com os animais isso não era cobrado, porém para a civilização isso era considerado um mau selvagem em não se adequar as regras impostas pela civilização europeia e a que eles estavam acostumados a ver.
O selvagem civilizado também pode ser considerado em um estado de ser bom ou mau, de acordo com as regras e costumes da civilização, o ser bom significava estar adequado as normas e condutas e o mau em poder estar contaminado com os malefícios da civilização, deixando de lado o ser puro e inocente no qual era considerado antes.
Concluo que o ser diferente causa tamanho estranhamento em qualquer civilização ou sociedade, no qual partimos de um princípio de que tudo tem que ser conforme o que estamos acostumados, de acordo com nossas tradições, sendo que esse choque de cultura foi o primeiro a assustar esse colonizadores, já que não eram capacitados para