A Dança na Idade Média
Com a decadência do Império Romano os costumes sociais, inclusive as danças, foram se tornando licenciosos, o que gerou uma desconfiança e uma condenação, por parte dos cristãos, que perdurou mais de mil anos. Quando o cristianismo foi oficializado a perseguição à dança, muito mais acentuada, foi tão persistente quanto inútil. Apesar de proibido, como impedir qualquer povo de dançar? Foi o desenvolvimento do ballet clássico, no sentido de uma arte cada vez mais espiritualizada, cujo clímax foi atingido no período romântico, que rompeu, em grande dimensão, as restrições da igreja à dança. Paradoxalmente, considerando a repressão cristã, as guerras, pestes, insegurança, pânico e confusão que marcaram o desmantelamento do mundo feudal, as condições de vida do fim da Idade Média foram expressas através do que se convencionou chamar “dançomania”, movimento composto pela tarantela, a única das danças que celebrava a vida, pela dança de São Vito ou São Guido, pela dança do flautista de Hamelin e pela dança macabra.
Novo Cortejo
Mas foi o Teatro Religioso Popular que, organizando desfiles de arcos triunfais e cortejos a cavalo ou a pé, deu origem ao “travestimento”, gênero literário ao som de cujas canções se cantava e dançava a “ canzone a ballo ”. Esses cortejos chegaram aos salões da nova classe social que ascendia ao poder com o nome de “ trionfi ”, uma tentativa de reproduzir a chegada em triunfo dos antigos imperadores romanos.
Danças
Dança do Flautista de Hamelin
A dança do flautista da cidade de Hamelin impelia homens e crianças, que levados por uma alucinação mórbida saíam a pé, carregando ramos e círios, até sofrerem sérias consequências ou morrerem de esgotamento pelo esforço despendido. Para a lenda de Hamelin, na qual os meninos eram atraídos à montanha pela música de um flautista.
Dança de São Vito ou São Guido
A dança de São Vito ou São Guido é descrita como parte de uma cerimônia mórbida em que, no quarto de um