A Dama de Ferro - Crítica
Durante a década de 70, tivemos um marco histórico com mais uma crise cíclica do capital (crise do petróleo), que causou drásticas consequências como o período de recessão econômica, o aumento significativo da taxa de desemprego, elevada taxa de inflação, etc. Entretanto, foi neste período que a personagem principal do filme, Margareth Thatcher, assumiu o cargo de Primeira-Ministra da Grã-Bretanha, entre os anos de 1979 a 1990.
O filme “A Dama de Ferro” retrata a trajetória de Margareth Thatcher, filha de um homem simples, mas sendo capaz de pleitear o cargo de Primeira-Ministra britânica. Percebi fortemente a ideologia neoliberal nas ações e medidas do seu governo. Para desenvolver este trabalho, optei em dialogar com o autor COUTINHO (2005) para discutir a modernidade, entendendo que este tempo histórico iniciou a partir do advento do capitalismo, com o extraordinário avanço tecnológico e a robótica e este domínio sobre a natureza, traduziu rapidamente o domínio do homem sobre o próprio homem, isto é, os capitalistas passaram a dominar e explorar a classe operária, esta dominada e subalternizada no processo de produção. Nesta relação de classes que surgem as correlações de forças, sendo a classe operaria incentivada a provocar certa resistência e organização na luta pela garantia de seus direitos.
A nova configuração dada pela ordem do capital muda as formas de exploração e dominação, todavia não há alteração no modo de produção, isto é, o capital tem a necessidade de ser redefinido e repensado, para que seja capaz manter seu predomínio hegemônico. E considerando que a modernidade é fruto da ascensão do capitalismo como modo de produção na sociedade, o seu projeto central é a Emancipação Humana, visto que seu discurso é o progresso histórico, linear e ascendente da sociedade, tendo como prioridade inclusive a construção contínua da realidade, cabe pontuar que este contraditório sistema é narrado também no filme