A cultura indigena
O currículo escolar possui uma base nacional e também uma parte regional, mas em alguns casos ele é um pouco mais peculiar como o caso do CEIM indígena, para averiguar essas diferenças foi feito uma visita no CEIM Toldo Chimbangue que se situa na aldeia de mesmo nome no interior da cidade de Chapecó. Comparando-se a assistência dada aos CEIMS da cidade constatou-se que esses são mais privilegiados na parte estrutural e pedagógica. Durante a visita foi realizado entrevistas com a coordenadora e com uma das professoras que relataram que anteriormente o planejamento que é previsto semanalmente pela Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 (LDB) era feito a cada cinco ou seis meses onde aparecia alguém da secretaria municipal da educação (SEC) para auxiliar e direcioná-las dentro do currículo escolar. Segundo a coordenadora “quando entrei havia muitas discriminações por ser um CEIM indígena achavam (SEC) que não precisava de assistência e nem formação. O cacique me procurou para trabalhar na gestão do CEIM, pois sentiu a necessidade de uma pessoa indígena com conhecimento e formação para exigir os direitos que as crianças da aldeia possuem.” Já houve progresso nesse sentido visto que no dia da visita as professoras estavam em planejamento, tendo-se tornado rotina no Ceim. As professoras são indígenas, cursam pedagogia e moram na aldeia, menos a coordenadora que mora na cidade é formada em pedagogia e não possui sobrenome indígena, pois sua avó que é Kaigang casou com um não índio (branco) e pela cultura indígena quando um homem branco casa com uma índia não pode morar na aldeia, pois pela cultura o homem tem que ter onde morar, no caso do índio casar-se com a mulher não índia ela é acolhida na aldeia.
Para o índio o maior valor é a família ele não pensa em bens materiais, vive o dia de hoje. Historicamente os índios não levavam as crianças antes dos sete anos para a escola, eles preferem que