A CRÔNICA DA GRAVITAÇÃO
O objetivo deste trabalho é mostrar como evoluíram as ideias sobre os diversos modelos planetários formulados no sentido de explicar o movimento dos astros em nosso universo, modelos esses desenvolvidos pelas primeiras civilizações até a Grécia Antiga.
Provavelmente as primeiras observações sistemáticas dos fenômenos celestes tenham sido realizadas na Babilônia e em Nínive, cidades que a muito não existem. Essas observações foram feitas por sacerdotes dessas cidades-estados, que tinham por hábito verificar as posições da Lua, do Sol, dos planetas e das estrelas, registrando-as em tabuinhas de argila, para poderem, com tais registros, preparar horóscopos, prever a posição futura dos astros, bem como dos eclipses do Sol e da Lua, determinar, a hora e estabelecer calendários.
Apesar dos povos mesopotâmicos terem sistematizado as observações celestes, muitas dessas observações já haviam sido registradas por outras civilizações diferentes daquelas que se localizaram principalmente no Oriente Médio, e dentre as quais se destacaram a dos egípcios e a dos chineses.
A Astrologia não era praticada pelos egípcios, já que não acreditavam no caráter divinatório dos astros. Sua Astronomia era dirigida, basicamente, para entender as cheias do Nilo.
Os babilônios que sistematizaram os conhecimentos astronômicos, quer os próprios quer os de outrem. Durante o império neobabilônico e persa, o chamado período da iluminação, foram estabelecidos os fundamentos da Astronomia matemática. Nesse período, destacaram-se dois astrônomos nascidos na Babilônia: Nabu-Rimanni e Kidinnu . Ambos elaboraram uma tabela de efemérides contendo o registro das posições da Lua, do Sol e dos planetas e calcularam ainda o intervalo do tempo entre duas luas novas e o ano solar.
Os antigos observadores mesopotâmicos apesar de ter registrado os movimentos dos astros, não elaboraram nenhum modelo para tentar explica-los. Somente na Grécia antiga que tais tentativas de explicações