1. A CENTRALIDADE DA CRUZ Em João 12.24 Jesus diz que o grão de trigo (Ele próprio) deve cair na terra, morrer, para muito frutificar. Os versos 32-33 do mesmo capítulo asseveram que através da morte de cruz atrairá a todos a Ele. Em João 6.51 Jesus afirma: “o Pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo”. Em João 10.11, 14, e 15, no ensino sobre o bom pastor, Ele diz que o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Em João 11. 47-53 há uma espécie de profecia de Caifás, sumo sacerdote, quando este declara que “convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação”. Embora nos textos acima se evidencie de forma indireta a necessidade da morte de Jesus, os dois textos mais importantes que fundamentam a doutrina da nossa salvação, provavelmente sejam: a) 1 João 2.2: indica que Jesus é a propiciação (proceder misericordiosamente para com o ofensor) pelos nossos pecados e de todo o mundo; b) 1 João 4.10: revela que Deus nos amou antes, isto é, primeiro, e nos enviou seu Filho para fazer propiciação pelos nossos pecados. Os Escritos do Novo Testamento estão fundados nesta grande verdade, que João ensina, bem como os outros — o fundamento da salvação é a morte de Jesus Cristo. Ele fez o grande sacrifício pelo qual se realizou a nossa reconciliação com Deus. A morte de Cristo é a revelação suprema do amor de Deus, embora a base tanto em o Novo Testamento quanto no Antigo Testamento, para a reconciliação por meio de Cristo seja a ira de Deus, ou seja, a exigência de um sacrifício aceitável para minimizar essa justa ira divina contra a humanidade (Rom. 3.21 e ss.; Rom. 1.18; Gl. 6.7). A cruz é a medida do amor de Cristo e mesmo do próprio Deus (II Cor. 5.19; Gl. 2.20; II Cor. 5.14; Ef. 5.25). A cruz, segundo Paulo, é o clímax da intervenção ou do caminho de Cristo. Para ele Cristo entrou na história como o crucificado (1 Co. 2.2). Assim, Paulo contraria os demais autores do Novo Testamento, pois considera o caminho de