A crise na zona do euro
A crise de 2008 atingiu diretamente a Zona do Euro, pois devido à ausência de uma política fiscal comum, alguns Estados, como a Grécia, passaram a se endividar contraindo empréstimos desmedidos em relação à sua receita orçamentária.
Apesar da Zona do Euro possuir uma força econômica e financeira notável, muitos defeitos institucionais são empecilhos para que a crise seja resolvida.
A Grécia foi a mais atingida nessa conjuntura crítica. O país possui gastos altos em relação à sua arrecadação e tem uma economia pouco competitiva. Sua dívida vinha sendo acumulada ao longo das ultimas décadas e, após a sua a entrada na zona do euro, os gastos aumentaram ainda mais e os salários praticamente dobraram. Ou seja, não havia um forte preparo do país para enfrentar a crise financeira de 2008.
Em maio de 2010, o país recebeu um pacote de 110 bilhões de euros para resgate financeiro. Em julho de 2011, foram entregues mais 109 bilhões. Em outubro de 2011 foi acordado um pacote de 130 bilhões mais o corte de 50% pelos bancos dos títulos gregos.
Mesmo com esses pacotes, não foi possível pagar os déficits do país. Altos níveis salariais, falta de competitividade comparada a outros países e a impossibilidade de desvalorizar a sua moeda impossibilitaram a quitação da dívida.
Portanto, cortes de gastos e aumento de impostos conhecidos como medidas de austeridade foram exigências feitas pela “troika” o grupo de negociadores internacionais formado pelo FMI, União Européia e o Banco Central Europeu. A Grécia terá acesso a 130 bilhões de euros em empréstimos – a uma baixa taxa de juros – o que possibilitará a redução de