A CRISE NA EUROPA
A formação de uma crise financeira na zona do euro, deu-se por problemas fiscais. Alguns países como a Grécia, gastaram mais dinheiro do que conseguiram arrecadar por meio de impostos nos últimos anos, e assim endividaram-se. A relação do endividamento sobre o PIB de muitas nações do continente, ultrapassou significativamente o limite de 60%, estabelecido no Tratado de Maastricht de 1992, que criou a zona do euro. Os primeiros temores remontam 2007 quando existiam suspeitas de que o mercado imobiliário dos Estados Unidos vivia numa bolha. Temia-se que os bancos americanos e também europeus possuíam ativos altamente arriscados, lastreados em hipotecas de baixa qualidade. A crise de 2008 confirmou as suspeitas e levou os governos a injetarem trilhões em dólares nas economias dos países mais afetados. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha formam o grupo chamado 'PIIGS' são os que se encontram em posição mais delicada dentro da zona do euro, pois foram os que atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se endividaram excessivamente.
A crise na Grécia.
A Grécia tem hoje uma dívida de cerca de 142% do PIB do país, o volume da dívida supera o limite de 60% do PIB estabelecido pelo pacto de estabilidade assinado pelo país ao fazer parte do euro.
O país gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida. Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram. Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008. O tamanho da dívida deixou os investidores afobados para emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos que refinanciem sua dívida.
No final, a Grécia foi resgatada pelo Fundo Europeu de Estabilidade