A crise mundial de Alimentos
Crise mundial de alimentos
Em todo o mundo, milhões de pessoas sofrem com falta de alimento, gêneros alimentícios a preços inacessíveis e fome, basicamente em razão da agricultura industrial, de safras ruins causadas pelas mudanças climáticas, relações de comércio injustas e da corrida pelos agro-combustíveis. Não existe uma solução única para a crise. Os líderes do G8 na cúpula de Toyako, no Japão, de 7-9 de julho, precisam definir a ajuda de emergência às 850 milhões de pessoas que passam fome, e atacar as causas reais da atual crise alimentar, da seguinte maneira:
· Aumentando os investimentos públicos em pesquisa e desenvolvimento de métodos agrícolas ecológicos e resilientes às mudanças climáticas
· Parando de financiar variedades transgênicas e proibindo as patentes de sementes · Suspendendo gradualmente o uso dos agro-químicos mais tóxicos na agricultura e eliminando subsídios agrícolas destrutivos para o ambiente
· Incentivando a produção alimentar interna e derrubando as metas obrigatórias para aumentar a proporção de bio-combustíveis nos transportes
Sob o aspecto do desenvolvimento humano, o aumento mundial dos preços dos alimentos coloca em risco a segurança e a soberania alimentar de uma parcela significativa da população mundial, comprometendo os poucos avanços conquistados até agora na redução do número de 854 milhões de pessoas que passam fome. Sob este ponto de vista, a crise atual deixa claro o quanto o mundo está vulnerável e quanto os Objetivos do Milênio podem estar comprometidos, inclusive no Brasil, um dos poucos países a cumprir antecipadamente o Objetivo de reduzir em 50% o número de pessoas abaixo da linha da pobreza: de 14 milhões para 7,5 milhões de pessoas..
Mas, ao contrário do que poderia parecer a primeira vista, a resposta para a presente crise não está na simples ampliação da produção global de alimentos. O acesso aos alimentos disponíveis continua sendo uma