A crise do antigo sistema colonial
a) A Colonização como Sistema
O sistema colonial nos apresenta como uma relação entre as metrópoles e as colônias. Nem toda colonização se processa, efetivamente, dentro dos quadros do sistema colonial; fenômeno mais geral, de alargamento da área de expansão humana no globo, pela ocupação, povoamento e valorização de novas regiões. Ou seja, é o sistema colonial do mercantilismo que dá sentido à colonização.
As relações coloniais podem ser entendidas em dois níveis: o primeiro na extensa legislação ultramarina das várias potências colonizadoras (Portugal, Espanha, Holanda, França, Inglaterra); segundo, na circulação de umas para outras, isto é, no comércio que faziam entre si, e nas vinculações político-administrativas que envolviam.
A legislação colonial visava regulamentar e disciplinar as relações concretas, políticas e econômicas. Assim, os Atos de Navegação da Inglaterra, foram leis: que proibiam os navios estrangeiros nos portos do Brasil, regulamentos das companhias de comércio, etc., são exemplos das leis ultramarinas da Europa nos Tempos Modernos.
As colônias, devem primeiro, dar à metrópole um maior mercado para seus produtos; segundo, dar ocupação a um maior número dos seus (da metrópole) manufatureiros, artesãos e marinheiros; terceiro, fornecer-lhe uma maior quantidade dos seus artigos de que precisa. Em outras palavras, as colônias se deviam constituir em fator essencial do desenvolvimento econômico da metrópole. (Isso tudo na teoria)
Na história real, a colonização europeia na época moderna oferece toda uma gama de situações, que se afastam ou se aproximam desse esquema. Para entender o Mercantilismo, temos como ponto de partida, a identificação do nível de riqueza com o montante de metal nobre existente dentro de cada nação (ideia metalista). É a partir desta análise que a doutrina mercantilista tem o imediato objetivo de formular normas da política econômica.
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