A crise do antigo regime e o fim do antigo sistema colonial: do barroco às luzes.
No início do século XVII, a Europa conheceu a arquitetura barroca. Sua principal característica era tentar emocionar e impressionar com o exagero no tamanho das obras e no uso de elementos decorativos. O Barroco coincidiu com o período da Contra-Reforma da Igreja Católica, que buscava barrar o crescimento do protestantismo, e acabou sendo usado pela instituição com a finalidade de impressionar as pessoas e resgatar fiéis, através da representação da história sacra, tal como é exposta na Bíblia, apropriando-se de significados que evidenciam a presença da luz divina, da ”Graça” natural... Sentidos esses defendidos e divulgados pela coroa real portuguesa. Essas representações tratam de um padrão de integração hierárquica, teatralizando (modelo da Corte Católica Ibérica) práticas da política católica antirreformistas da monarquia portuguesa, aliada ao papa contra a heresia maquiavélica, luterana e calvinista. A priori, essa teologia política, presume a íntima fusão do poder temporal (Rei) com o poder espiritual (Papa), estabelecida com o intuito de obter, manter e ampliar o poder, visando o “bem comum” da sociedade.
No século XVII luso-brasileiro, a imitação seiscentista é realizada segundo a doutrina teológica neoescolástica,