A Crise da Razão
- Antecedentes da crise
Tudo começa com o ceticismo de Hume (século XVIII), mas a crise torna-se mais aguda com o criticismo (onde há uma crítica às faculdades cognitivas do homem) de Kant, que abalou a metafísica. Mas a crise da razão estava por ficar mais clara no final do século XIX e início do século XX, com o movimento romântico, que valorizava o ser humano integral (daí a importância das artes) e era uma reação ao racionalismo iluminista.
- Sören Kierkegaard (1813-1885)
O pensador dinamarquês e um dos precursores do existencialismo contemporâneo Sôren era também um severo crítico da filosofia moderna. Ele afirmava que desde Descartes (René Descartes, pai do racionalismo e defensor da tese onde a dúvida era o primeiro passo para o conhecimento) até Hegel (Georg Wilhelm Friedrich Hegel, um dos criadores do idealismo alemão) o ser humano não é visto como existente, mas como abstração - reduzido ao conhecimento objetivo. Para ele, a existência é permeada de contradições que a razão é incapaz de solucionar. Por isso ele critica o pensamento de Hegel, pois acha que o espírito deve ter uma certa paixão para receber um impulso para o salto qualitativo, entendido como decisão, ato de liberdade. Nessa filosofia, é importante a reflexão sobre a angústia que precebe o ato livre. Na questão da fé religiosa, ele afirma que é a mais alta paixão. O "salto no escuro" é o "salto na fé", mas cheia de paradoxos. Um exemplo: Abraaão (Antigo Testamento Bíblico) se dispo~e a sacrificar seu p´roprio filho para obedecer uma ordem divina: não porque a compreendesse, mas porque tinha fé. Segundo Kierkegaard, o estágio religioso é superior a dimensão puramente ética.
- Friedrich Nietzsche (1844- 1900)
Para Nietzsche, o conhecimento não passa de interpretação, de atribuição dos sentidos (determinados a partir de uma escala de valores que quer se promover ou ocultar), sem jamais ser uma explicação da realidade. Já que para ele a tarefa da