A crise da Formação e do Exercício
Centro de Ciências Humanas
Estágio Supervisionado I
Aluno: Rafael Cabral Paulino
Professora:Poliana Dayse
Atividade 3
A crise Formação e do Exercício
Para caracterizar a atual identidade do professor, Geraldi (1991:86) parte de duas outras identidades históricas: a primeira é a do sábio, que
Se caracteriza ou se identifica pelo fato de ser um produtor de conhecimento, produtor de um saber, de uma reflexão. (...) este não é visto como alguém a ser instruído (...), mas como alguém a ser considerado e conquistado para os pontos de vista defendidos pelo “ sábio em sua escola”.
O Brasil entra na história numa época posterior a esta, a educação aqui (...) fez de mestres e alunos, por causa da rigidez de seu material de estudos, o Ratio Studiorium, repetidores da lição, impossibilitando a produção de conhecimento e, consequentemente, qualquer exercício de discipulação.
Essa entidade de sábio dissolve-se com o mercantilismo na divisão do trabalho e das disciplinas, e o sábio é substituído pelo professor. Segue Geraldi (ibidem: 88)
Nos primórdios do mercantilismo, (...) o mestre já não se constitui pelo saber que produz, mas por saber um saber produzido que ele transmite.
(...), o professor e constituirá socialmente como um sujeito que domina um certo saber, (...), a quem tem acesso em sua formação sem se tornar ele próprio produtor de conhecimentos. Este “eixo” coloca imediato uma questão a este novo profissional: estar sempre a par das últimas descobertas da ciência em sua área de especialidade.
Ironicamente, isto sempre significa estar desatualizado, pois não convivendo com a pesquisa e com os pesquisadores e tampouco sendo responsável pela produção do que vai ensinar, o professor (e sua escola) está sempre um passo aquém da atualidade. No entanto, sua competência se medirá pelo seu acompanhamento e atualização. Neste sentido, o professor emerge como categoria sob o signo da desatualização.
A desatualização era um dos