A crise da ciência moderna
1. O desafio do método
As ciências avançam a partir de problemas que desafiam a compreensão dos cientistas. Mesmo quando são solucionados, surgem outros que exigem novas pesquisas. O movimento da ciência revela, portanto, o caráter histórico e provisório das conclusões, que sempre enfrentam novos questionamentos.
A partir do século XVII, o interesse pelas questões metodológicas intensificou-se entre os pensadores. Nesse mesmo período, Galileu Galilei provocou uma revolução na ciência ao desenvolver o método da física, calcado na matematização, observação e experimentação.
A definição rigorosa do método científico aumentou a confiança na possibilidade de se conhecer, pela ciência, os segredos da natureza. Essa confiança baseava-se na profunda crença na ordem e racionalidade do conhecimento do mundo.
2. O método experimental
Classicamente o método experimental das ciências da natureza passa pelas seguintes etapas: observação, hipótese, experimentação, generalização (lei) e teoria.
Observação: A observação científica é rigorosa, precisa, metódica, orientada para a explicação dos fatos e, mais do que isso, já orientada por uma teoria.
Hipótese: A hipótese é a explicação provisória dos fenômenos observados, a interpretação antecipada que deverá ser ou não confirmada. Para isso, há vários tipos de raciocínio que orientam o cientista na proposição de uma hipótese, tais como a indução, a dedução e a analogia:
Indução: trata-se da generalização de casos diferentes e particulares; por exemplo, na experiência da queda de corpos, Galileu supõe que todos os corpos caem ao mesmo tempo, independente do peso.
Dedução: quando é formulada uma hipótese e comprovam-se empiricamente as consequências que são tiradas dela.
Analogia: quando são estabelecidas relações de semelhança entre fenômenos; por exemplo, quando conclusões em experiências feitas com animais são transpostas para os humanos.
Experimentação: A experimentação é o estudo dos