A criação da Universidade
A transmissão do saber teve início com o mestre (professor) formando os seus discípulos
(alunos). Essa associação era estabelecida pelo forte desejo de realizar uma atividade e de
perpetuar uma profissão (ocupação que requer noções especiais para o seu desempenho)
que necessitava de prévio conhecimento e prática, com o objetivo de atender às
necessidades da comunidade existente ao seu redor. Não existiam escolas, faculdades e
universidades. O saber era transmitido do professor ao aluno, geralmente em seu próprio
local de trabalho ou em sua residência. A formação estava centrada no binômio professor- aluno. No ano de 859, na cidade de Fez, no Marrocos, é constituída a primeira Universidade
– a de Karueein -onde o saber não era mais transmitido por um único mestre, mas por um
grupo de professores, propiciando àqueles que desejassem exercer uma profissão, melhores
meios de adquirir as habilidades específicas para se tornarem profissionais mais capazes e
qualificados, ultrapassando, em muitos casos, os conhecimentos dos seus próprios mestres e
difundindo em maior número o saber.
Essa nova forma de ensino foi questionada por mais de um século, tempo decorrido para
que essa nova organização de ensino fosse testada e aperfeiçoada, quando no ano de 988
foi organizada a segunda Universidade – a de Al-Azhar – no Cairo, Egito. A partir desses
marcos iniciais, observa-se que a organização desse tipo de transmissão do saber começa
na África, fortalece-se, desperta para uma nova forma de transmissão do conhecimento que
vai se expandindo, sendo incorporado na Europa, em 1088 com a criação da Universidade de
Bologna, na Itália.
Na ocasião da descoberta do Brasil, em 1500, existiam 46 universidades no mundo, sendo
que 43 na Europa (11 na Itália, 8 na Alemanha, 6 na Espanha, 4 na França, 3 na Escócia, 2
na Inglaterra e 1 em cada um dos seguintes países: Áustria, Bélgica,