A criança e sua família em situação de dor
Chegamos ao último núcleo temático do curso: os cuidados de enfermagem à criança e sua família. Iniciaremos com discussões preliminares sobre o cuidado do binômio criança e família e, nas unidades de estudo seguintes, as medidas farmacológicas e não-farmacológicas para o manejo da dor da criança. .1
Sabemos quanto é importante a família receber apoio dos profissionais de enfermagem frente à situação de dor e de estresse. Os pais/familiares facilmente apresentam-se deprimidos, exaustos, e abandonados em situações em que a criança necessita ir ao hospital, apresenta doença grave, ou ainda é submetida a vários procedimentos dolorosos.
Por isso, para ajudar os familiares a enfrentarem a experiência de ter seu filho em situação de dor e estresse é preciso compreender o que significa Família, pois ela tem sido definida de várias maneiras.
De fato, não existe uma definição universal de família. Uma família é o que a pessoa considera ser. Além disso, ela é um sistema interpessoal, formado por pessoas que interagem por vários motivos, como afetividade e reprodução, num processo histórico de vida, mesmo sem habitar o mesmo espaço físico (ELSEN, 1994).
Mas, precisamos de uma definição de família para fundamentar nosso estudo. Encontramos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Veja o que diz:
Art. 25 - entende-se por família natural - a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
Por isso, é tão importante para nós, como profissionais de enfermagem, compreender o que é família e como ela se define. Somente a partir da compreensão de todas as implicações que essa definição nos mostra, podemos valorizar a família da criança, aceitando suas crenças, procurando entender seu significado no processo de cuidar.
No Brasil, os estudos de Elsen (1989), identificam três tipos de abordagem na assistência à criança hospitalizada: * centrada na patologia da criança; * centrada na criança; *