A Crian A A Escola
Autoria: Miriam Altman e Muna Maalouli
No início da vida, o bebe e a mãe estão num relacionamento muito próximo, quase como numa extensão da vida intra-uterina; não existe ainda para o bebe uma diferenciação entre ele e a mãe.
È necessário que seja assim, pois é esta proximidade que mantém a mãe e o pai também, tão atentos e disponíveis para atender as necessidades do bebe. A partir desta primeira relação a criança vai começar a se diferenciar da mãe e poder se ver separada dela, com uma existência própria, mas para que isto ocorra muito tempo e condições favoráveis serão necessárias.
Também a mãe se tudo correu bem, pode voltar a encarar sua vida e suas ocupações, quanto mais a dupla mãe-bebê tenha sido capaz de desfrutar da sua relação inicial, tanto mais provável que ocorra a gradativa separação em duas pessoas.
Isto porque a criança pode ir formando dentro dela, em sua mente, uma imagem segura de uma mãe amiga e protetora. Essa imagem interior pode confortar a criança nos períodos de ausência da mãe.
As relações familiares, os mundos conhecidos da rotina da casa se tornam as primeiras referencias da criança. A ida para a escola maternal pode significar uma ruptura com este mundo conhecido e por isso se tornar muito assustador para a criança, assim como para seus pais.
È natural que uma situação nova e desconhecida suscite medos, ansiedades e insegurança por isto é importante que os educadores possam considerar essas emoções como algo esperado nesta situação e na medida do possível ir conversando com a criança e com seus pais a respeito da repercussão destas vivencias.
A intensidade com que cada um vai experimentar essa situação depende muito de aspectos particulares da personalidade e também da dinâmica familiar. Essas vivencias podem ter um caráter bastante primitivo e fogem de qualquer tentativa de explicação racional. Vamos procurar descrever algumas das fantasias e angústias que podem estar envolvidas nestas experiências de