A Crian A No Mover De Deus
Aluízio Silva
Por que existe tanta resistência ao trabalho com crianças? O primeiro motivo é a passividade diante do pensamento de que elas já são salvas e, portanto, nada temos a acrescentar em relação a isso. O segundo motivo é o pensamento equivocado de que elas não podem ser úteis a Deus na vida da igreja. Esses dois conceitos estão equivocados. Devemos entender que as crianças são pecadoras e necessitam de salvação, além disso, são alvo de ataques malignos. Mas o principal é que elas podem ser usadas como instrumentos nas mãos de Deus quando recebem a Cristo.
Gosto da forma como João escreveu sua epístola e a endereçou aos pais, aos jovens e aos filhinhos. Normalmente, alegorizamos essas expressões atribuindo-as aos estágios do crescimento na fé, mas isso não está claro no texto, creio que podemos entendê-las perfeitamente de modo literal. João estava preocupado com os filhinhos, com as crianças na vida da igreja (1 Jo 2.12-14). É interessante que, nos três evangelhos, quando se menciona que as crianças eram trazidas a Jesus, não se diz que eram os pais que as traziam, apenas se diz que as pessoas traziam crianças. Eu creio que os pais não são mencionados porque havia mais pessoas envolvidas. Isso aponta para o nosso ministério com crianças. Nós estamos aqui para levar as crianças a Jesus.
Primeiro conceito errado: as crianças não são prioridade
Nos evangelhos, lemos que os discípulos tentavam impedir que as pessoas trouxessem as crianças para que Jesus as abençoasse. Tanto Mateus como Marcos e Lucas dizem que os discípulos as “repreendiam”. Esta é a mesma palavra usada para descrever o que Jesus fez para acalmar a tempestade no Mar da Galileia. Significa "amordaçar, ameaçar sob ameaça de punição". Os discípulos estavam passando uma mensagem clara: o Mestre tem coisas mais importantes para fazer. Mas a reação de Jesus foi realmente forte. Os evangelhos relatam que Ele ficou indignado (Mc 10.13-14).
Jesus não apenas recriminou,