A cosmovisão dos escritores sagrados
Deus, na sua infinita sabedoria utilizou e utiliza os homens para levar sua mensagem a outros homens. E esta palavra traz em seu contexto atributos divinos, seguidos de inspiração e também uma qualidade e riqueza literária que é dada pelos seus escritores.
A Bíblia é, sem sombra de dúvida, a mais importante ferramenta que a igreja possui e lógico, é a palavra de Deus que com certeza é inspirada por Deus. É de certa forma aceitável que Deus guiou a escolha das palavras pelos escritores na redação dos textos, de acordo com a personalidade, contexto cultural e sua cosmovisão. Os homens são meros redatores, transmissores da revelação divina. Com isto apenas as idéias e pensamentos seriam inspirados, as palavras não. Se formos chamados para esta sagrada tarefa, é certo que seremos capacitados para tal. Nisto fica claro que a Palavra veio de Deus, para a mente e o coração dos escritores, resultando em uma ação indireta e direta do Espírito Santo. Homens completamente diferentes escreveram cada um no seu estilo literário, em épocas e contextos sociais diferentes, para um público diferente. Porém, preservaram uma unidade teológica impressionante. Isto prova que Deus guiou a todos no processo de inspiração e na redação dos textos usando o olhar das quais eles enxergavam o mundo, ou seja, sua cosmovisão. Esta cosmovisão é influenciada por fatores histórico-culturais, religiosos, e pelo senso comum da época em que se vive. Os escritores sagrados tinham uma visão de mundo, influenciada fortemente pela sua relação com Deus e pela sua interação com a sociedade em que viviam. E esta cosmovisão foi determinante na relação Deus – escritor – leitor. No caso dos escritores sagrados é nítida esta evidência, devido ao grau de influência que exerceram e incrivelmente continuam exercendo nos nossos dias, através das diversas traduções e versões da Bíblia.